Hoje não te vou falar das minhas angústias... nem da solidão que sinto dia após dia... noite após noite...
Também não te vou falar das lágrimas que me rolam pela face abaixo, sem nada poder fazer, para as deter...
Também não te vou falar das minhas noites sem dormir... nem das recordações, as boas... que me assolam a mente e me povoam o pensamento a todo o instante...
Nem sequer te vou falar, da saudade que me corrói a alma e me consome a lucidez a ponto de não saber qual o limite entre a loucura e a sanidade...
Mas vou-te falar de uma coisa que talvez ainda não saibas e que eu sei. Assim como também sei que te é indiferente!
Vou-te falar da beleza e da grandeza das coisas mais simples da vida. Como um simples chilrear de um pássaro, feliz pela chegada do amanhecer...
Ou o som do borbulhar de um regato, que corre livre pelo caminho que lhe traçou o seu destino...
Ou ainda... o rir de uma criança, contente pela descoberta de algo que a fez feliz, ali, naquele instante...
É... são coisas simples, que nada te dizem, mas que fazem toda a diferença entre o ser e o parecer.
O ser que sente... e o ser que finge sentir!
O ser indiferente... e o ser que marca pela diferença!
Saberás tu porventura, o que um coração sente, quando se torna indiferente, ao ser que o tomou pelo encanto, um dia?
Talvez não saibas... talvez nem nunca o venhas a saber...
Cleo
Medusa
Sem comentários:
Enviar um comentário