Lembranças guardadas nas prateleiras da memória e aqui revividas em forma de ecos
23/09/2007

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Cheguei ao cimo da falésia, abeirei-me do precipício que se despenhava até ao mar e contemplei o horizonte que se estendia até ao ponto onde os meus olhos não podiam mais alcançar...
Fixei o olhar nesse ponto e uma brecha se abriu, deixando um portal aberto para o infinito, que existe no limite do real...
Entrei por ele adentro, sem hesitar... não senti medo!
Vi estranhos seres que se moviam à minha volta, numa espécie de ritual de tribo, perdida no meio da floresta, algures num mundo irreal...
Ignoravam a minha presença. Talvez não me vissem... talvez fosse invisível, naquele mundo onde eu não pertencia...
Não sei por quanto tempo estive ausente...
Abri os olhos.
O horizonte permanecia igual. A brecha que eu vira, desaparecera.
E o meu mundo... era este, afinal!...
Medusa

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