Viro costas ao mundo
Porque o mundo
É grande demais
E não o consigo
Agarrar...
Viro costas ao mundo
Escondo-me
No meu castelo de ar
E deixo-me lá ficar...
Isolei-me
Fechei-me
Tranquei-me por dentro
E atirei a chave
Ao mar...
Poderá a tua luz algum dia
Ser o reflexo dessa tua vida
Que se fecha sem sentido
Dentro de paredes frágeis
... como o vidro...
Poderá ela algum dia
Ser o teu guia?
Como é triste esse teu fado
De pássaro engaiolado
Numa redoma de vidro
Com asas presas
Que só de olhar...
Dá pena de ver!
Do tanto que queres voar
Sobram-te apenas as penas
Das asas prendidas
Ao teu sonho
Sem que o possas viver
Só na tua imensa tristeza
De nele permanecer
E não te poderes libertar...
Do ser ao parecer
Vai um pulinho de um passarinho
Que não consegue voar...
Ferido de morte
No seu pequeno ninho...
Este blog é apenas uma cópia do seu original, que mora num outro espaço virtual sob o nome de ECOS. Senti necessidade de criar este clone, por lhe ter um carinho muito especial, pois foi com ele e por ele, que experimentei o gosto pela escrita... e por não o sentir seguro no servidor em que se encontra alojado. No fundo, apenas porque não o queria perder... Este blog não permite comentários... acaso me queiram dizer algo, podem fazê-lo por email medusalinda@gmail.com