Fui ao rio certa manhã,
levava saias compridas,
levava, que estava frio,
para me cobrir, agasalhos,
... todos feitinhos de lã.
Começou-se o rio a rir,
do meu suave jeito d'andar...
e do verde dos meus olhos,
que o estavam a fascinar.
- Menina, toca a despir,
que te quero contemplar...
mergulha em mim,
que sou rio, não te irei afogar.
Fosses flor eu te daria,
uma abelha p'ra te amar ...
Mas és mulher, és vaidosa,
dou-te minhas águas tranquilas
para que te possas mirar ...
Oh, Rio de que tu falas?
Sim, sou mulher, inda menina,
Da Bordadura do Alva...
Não farei a minha sina
Tenho asas, quero voar,
não me deixarei enredar,
que me queres apaixonar.
Ficou o Rio a chorar,
pelos olhos da menina ...
...
Ficou a menina a sonhar,
pelo abraço do Rio.
Este foi-me oferecido pela amiga Mel de Carvalho
Medusa
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