Lembranças guardadas nas prateleiras da memória e aqui revividas em forma de ecos
01/04/2007

Serenamente...




Serenamente
Espero por ti
Por uma gota de orvalho
Que me caia e desperte
Por um perfume que toque
Um corpo frio e inerte
De onde virás?

Serenamente
Bebo mais um gole
Naquele local perdido
Onde um dia te senti
Naquele momento que em mim
Deixaste um pouco de ti
E tu, quem serás?

Serás as aventuras que me faltam viver
Serás as palavras que não soube dizer
Em ti vejo o que fui, o que sou, o que serei
Serenamente...

Serenamente
Ouço tua voz
Em breves sussurros
Pedes para esperar
Com meus gestos trémulos
Digo para voltares
E tu, voltarás?

Serenamente
Dou-te um pouco de mim
Toma a liberdade
De quem nunca fugiu
Aceita as verdades
De quem nunca mentiu
E tu, que me darás?

Serás as aventuras que me faltam viver
Serás as palavras que não soube dizer
Em ti vejo o que sou, o que fui, o que serei
Serenamente...


(Escrito por João Campos)
Medusa

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