Lembranças guardadas nas prateleiras da memória e aqui revividas em forma de ecos
20/11/2007

O último post...


O que é a felicidade?
É saber viver e sentir as pequenas coisas da vida.
Aquelas a que pouca gente presta atenção...
Como uma gotícula de água, depositada numa pétala de uma flor...
Ou um chilreio de pássaro, numa tarde quente de Verão...
Ou ainda, um saboroso momento de silêncio, no meio da multidão agitada...
O que é a felicidade?
São os pequenos gestos e detalhes, que a vida nos oferece todos os dias!

Medusa

10/11/2007

...


Cada palavra é uma imagem
Cada imagem é uma frase...

Só precisamos de as ligar entre si
Construindo uma ponte de letras...
Medusa

31/10/2007

...


Às vezes
Não é preciso dizer nada...
Os olhares cúmplices
E as mãos entrelaçadas
Dizem tanto
Tanto...
Que as bocas
Permanecem caladas
Para que não se gastem
Os verbos importantes
Que mais tarde
Poderão fazer falta
Noutras conversas
Noutros instantes
Onde o silêncio
Por si só
Não bastará
Para dizer
A verdade
Do sentimento
Que se esconde
Envergonhado...
Medusa

11/10/2007

Um calafrio...


Senti um calafrio. Uma espécie de arrepio, que me percorreu a espinha, desde o pescoço, até ao sítio onde se acaba o tronco e as pernas se engancham... Parecia um vulcão, expelindo em fúria, as entranhas da terra...!
Durou apenas alguns segundos, mas a intensidade foi tão forte, que me agarrei aos ferros da cama, para que não me arrastasse na corrente...
Depois... calmamente... abracei o meu parceiro e olha-mo-nos em silêncio,deixando as palavras de lado, talvez por não serem precisas naquele momento. Adormeci e entrei no mundo dos sonhos, onde me aguardavam já, as imagens que o meu inconsciente escolheu, para me povoarem de ilusões o resto da noite, que já de si... ia tão longa!...


Cleo 
Medusa

03/10/2007

...


Hoje não te vou falar das minhas angústias... nem da solidão que sinto dia após dia... noite após noite...
Também não te vou falar das lágrimas que me rolam pela face abaixo, sem nada poder fazer, para as deter...
Também não te vou falar das minhas noites sem dormir... nem das recordações, as boas... que me assolam a mente e me povoam o pensamento a todo o instante...
Nem sequer te vou falar, da saudade que me corrói a alma e me consome a lucidez a ponto de não saber qual o limite entre a loucura e a sanidade...
Mas vou-te falar de uma coisa que talvez ainda não saibas e que eu sei. Assim como também sei que te é indiferente!
Vou-te falar da beleza e da grandeza das coisas mais simples da vida. Como um simples chilrear de um pássaro, feliz pela chegada do amanhecer...
Ou o som do borbulhar de um regato, que corre livre pelo caminho que lhe traçou o seu destino...
Ou ainda... o rir de uma criança, contente pela descoberta de algo que a fez feliz, ali, naquele instante...
É... são coisas simples, que nada te dizem, mas que fazem toda a diferença entre o ser e o parecer.
O ser que sente... e o ser que finge sentir!
O ser indiferente... e o ser que marca pela diferença!
Saberás tu porventura, o que um coração sente, quando se torna indiferente, ao ser que o tomou pelo encanto, um dia?
Talvez não saibas... talvez nem nunca o venhas a saber...


Cleo 
Medusa

23/09/2007

...


Cheguei ao cimo da falésia, abeirei-me do precipício que se despenhava até ao mar e contemplei o horizonte que se estendia até ao ponto onde os meus olhos não podiam mais alcançar...
Fixei o olhar nesse ponto e uma brecha se abriu, deixando um portal aberto para o infinito, que existe no limite do real...
Entrei por ele adentro, sem hesitar... não senti medo!
Vi estranhos seres que se moviam à minha volta, numa espécie de ritual de tribo, perdida no meio da floresta, algures num mundo irreal...
Ignoravam a minha presença. Talvez não me vissem... talvez fosse invisível, naquele mundo onde eu não pertencia...
Não sei por quanto tempo estive ausente...
Abri os olhos.
O horizonte permanecia igual. A brecha que eu vira, desaparecera.
E o meu mundo... era este, afinal!...
Medusa

20/09/2007

...


A cortina fechou-se
O espectáculo terminou
Os aplausos ecoam na sala
No fim do último acto...
Escondo-me no meu camarim
Onde só as paredes são testemunhas
Das minhas lágrimas que rolam
Ao longo da face ainda pintada...
Lanço um último olhar
Antes da despedida
Sobre a plateia
Agora deserta...
Aquele palco onde pisei
Onde fui estrela
Onde sonhei...
Onde ri e chorei
Era afinal
A minha vida!...


Cleo 
Medusa

16/09/2007

...


Selvagem é a fera
Que habita no meu interior
Esfomeada...
Ataca a presa
Que
Incauta
Se deixa seduzir...
Maravilhoso é o banquete
Onde ambos se devoram
Já não é só uma
São duas agora...
Duas feras esganadas
Saciando-se de prazer

Na alcova da luxúria... 
Medusa

08/09/2007

Fim de tarde...


O sol já tinha descido
Serenamente
E quedou-se na linha do horizonte
Que se estendia ali mesmo
À nossa frente
E nós... a sós...
Distraídos que estávamos
Nem demos pela sua partida...
Só quando os seus raios enfraquecidos
Nos beijaram a pele ainda nua
Sentimos que se despedia
Num último sopro de vida
Daquele final de dia...
Abraçados
Mão na mão
Pensamento vago
Ali ficamos...
Olhamos o horizonte vermelho
E fomos ambos banhados
Por uma onda de magia...
Um bem estar
Um querer de não acabar
Um momento único
Daqueles que acontecem
Poucas vezes na vida...


Medusa

31/08/2007


Nasceu a manhã
Agita-se a ilha
Tanta emoção
Chegou mais um dia

Quatro palmos de terra
Cobrem estes rochedos
Sete ventos de encanto
Guardam mil segredos

Tantas são as histórias
De lendas, de aventura
Em noites de temporal
Contadas por gente pura

Gente de poucas palavras
Mas de muita convicção
Que vive cada momento
Com sincera emoção


( O Alquimista)
Medusa

23/08/2007

A quatro mãos...


Há coisas, que de tão belas,
têm o brilho de estrelas a cintilar!
Estrelas
Que devemos partilhar
São nossas...
... e vossas!

Há coisas, secretas, pequenas em grandiosas
(um botão de uma rosa, oferecido ao Luar)
Essas ... penso
Que devemos guardar
São nossas...
... só nossas!

Há coisas, que nos tocam,
tal a maresia do Mar ...
Essas
Que devemos agarrar
São nossas...
... por direito!

Há coisas, que passaram e não ocuparam lugar ...
Penso
Que devemos abandonar
Foram nossas...
... até um dia!

Há coisas, que têm o valor de todos os brilhos do Mundo ...
A doçura de um olhar
Que devemos estimar
São nossas...
... para sempre!

Há coisas, tais os abraços que nos enrolam,
esses ...
Penso
Que devemos prolongar
São nossas...
... muito nossas!

Há coisas, frutas frescas do pomar ...
Que devemos saborear
São nossas...
... minhas e tuas!...
Tenho uma cesta bem cheia, que a quero partilhar ...

Sim
Há coisas
Que devemos partilhar
São nossas...
... até um dia!...

Há coisas
Que não devemos guardar
São emoções...
São o explodir de mil foguetões
no ar ... (sem pessoas a voar ..)
... devemos mostrar!

Devemos partilhar...


(MEDUSA e Mel de Carvalho)
Medusa

03/08/2007

Momentos...


Há momentos que são sentidos
Como se não houvesse ontem...
Nem amanhã...

Há momentos que se tatuam no tempo
Com tinta permanente...
Que duram uma vida...

Há momentos que se vivem apenas uma única vez!
Medusa

24/07/2007


Pressinto-te,
Com esses teus passos frágeis.

Na tua pele,
Remendada à mão,
Mostras-me o teu caminho,
Ora vertiginoso, outras vezes perdido,
No labirinto que entraste um certo dia.

Para ti, falo-te do mundo,
Das flores que não brotam, mas resistem,
Das lágrimas com que lavaste a solidão,
Das mazelas que escondes, ainda persistem?

Com o teu olhar levantado,
Aprecias o futuro, fascinada,
Os teus erros de menina apaixonada,
Na mulher que se ergue ressuscitada…


(Este foi-me oferecido por um amigo virtual
Lestat R-7 com quem me cruzei neste mar, quando ainda dava os meus primeiros passinhos a medo... )
Medusa

14/07/2007

...


Viro costas ao mundo
Porque o mundo
É grande demais
E não o consigo
Agarrar...
Viro costas ao mundo
Escondo-me
No meu castelo de ar
E deixo-me lá ficar...
Isolei-me
Fechei-me
Tranquei-me por dentro
E atirei a chave
Ao mar... 


Cleo
 
Medusa

06/07/2007

...


Poderá a tua luz algum dia
Ser o reflexo dessa tua vida
Que se fecha sem sentido
Dentro de paredes frágeis
... como o vidro...
Poderá ela algum dia
Ser o teu guia?
Como é triste esse teu fado
De pássaro engaiolado
Numa redoma de vidro
Com asas presas
Que só de olhar...
Dá pena de ver!
Do tanto que queres voar
Sobram-te apenas as penas
Das asas prendidas
Ao teu sonho
Sem que o possas viver
Só na tua imensa tristeza
De nele permanecer
E não te poderes libertar...
Do ser ao parecer
Vai um pulinho de um passarinho
Que não consegue voar...
Ferido de morte
No seu pequeno ninho...
Medusa

18/06/2007

...


Há palavras

Que se dizem em silêncio...

Há silêncios

Que não precisam de palavras...

Há também palavras

Com sabor a silêncio...
Medusa

12/06/2007

...


Fui ao rio certa manhã,
levava saias compridas,
levava, que estava frio,
para me cobrir, agasalhos,
... todos feitinhos de lã.

Começou-se o rio a rir,
do meu suave jeito d'andar...
e do verde dos meus olhos,
que o estavam a fascinar.

- Menina, toca a despir,
que te quero contemplar...
mergulha em mim,
que sou rio, não te irei afogar.

Fosses flor eu te daria,
uma abelha p'ra te amar ...
Mas és mulher, és vaidosa,
dou-te minhas águas tranquilas
para que te possas mirar ...

Oh, Rio de que tu falas?
Sim, sou mulher, inda menina,
Da Bordadura do Alva...
Não farei a minha sina

Tenho asas, quero voar,
não me deixarei enredar,
que me queres apaixonar.

Ficou o Rio a chorar,
pelos olhos da menina ...
...
Ficou a menina a sonhar,
pelo abraço do Rio.

Este foi-me oferecido pela amiga Mel de Carvalho
Medusa

09/06/2007

...


Os olhos
espelho da alma
espelho do outro
união de todas as cores
falam calados.
São os últimos a serem gerados
são os últimos a morrerem.
Os olhos
são espelho da alma.
são gestores do corpo
são a primeira fonte de informação
o primeiro alimento.
Os olhos.
Uns têm,
outros não...


Sugcrasis
Medusa

06/06/2007

...


Esse tempo estreito
Que não te a deixa abraçar
Como deveria ser
Terás de encontrar um jeito
Desse tempo alargar
E naqueles olhos verdes de mar
Te poderes envolver
E nos teus braços a tomar
Estreitando-a por inteiro
No teu enorme desejo de querer
O tempo alargar...
Medusa

02/06/2007

Não...


Não
Não vás ainda...
Tu sabes que te quero
Tu sabes que te venero
Tu sabes que te espero...
Não
Não vás ainda... não vás...
Tu sabes que a tua ida
Me entristece
Do tanto que te quero
E do pouco que me dás...
Fica
Só mais um bocadinho
Dá-me um pouco desse teu carinho
Do tanto que tens
Só te peço um pouquinho...
Medusa

28/05/2007

...


Tentei pesar o que sinto por ti,
mas cheguei à conclusão que os sentimentos não se pesam.

Tentei então medir,
mas os sentimentos também não se medem.

E, na incapacidade de quantificar o quanto gosto de ti,
limito-me a dizer que gosto muito, sem peso nem medida,
porque afinal os sentimentos não se medem nem se pesam...

Sentem-se!

(o rapaz que pensava que o mundo era redondo)
Medusa

27/05/2007

...


Se algum dia,
a recordação de mim
te fizer acender uma luz e,
Aqui voltares
E não me vires... sentada em espera,
... é porque parti!
Cansei-me de esperar, ou simplesmente não consegui superar a dor, esta Dor maior!
De ver o dia... nascer!
Nascer ... sem o teu Amor ...
E o anoitecer... voltar!
E, de novo não te abraçar!
Sem um único sinal... de ti! Resisto ... Resiterei sempre e se parti,
foi porque de mim própria me ausentei ...

E tanto que eu esperei!...

Se algum dia,
a tarde se colar
num abraço com a noite e
de mim te lembrares,
sentires que te envolvo,
E não me vires...
... é porque parti!
Mas que a minha Alma,
essa ficou em ti ...
Os meus sonhos... rasguei!
Amordaçei o grito ...
A minha ansiedade... controlei!
Suplantei neste querer aflito
A tua imagem... expulsei!... de mim!
(que escrevendo ... tento ... mas não consigo.)

Pouco restou, contudo ...
um sorriso, um toque de criança ...
Apenas uma vaga lembrança
Que teimou em ficar!
Em, na ausência, perdurar!
Essa...
... também quis apagar...
... não consegui!
Porque, meu Amor, tu habitas permanentemente ... em Mim!

Mas... mesmo assim...
... eu parti!!
Apenas fisicamente ...
A Alma, sente, está em Ti!


(poema escrito a quatro mãos... por mim [enquanto Cleo] e pela minha amiga Mel de Carvalho)
Medusa

24/05/2007

...


Houve em tempos idos
Um tempo
Em que a menina
Agora mulher
No seu castelo
De muralhas altas
Com jardins de rosas bravas
E campos verdes
Se encontrava presa...
Não... não era princesa
Era uma simples menina
Filha de um marceneiro
E de uma pobre camponesa
Que cultivava a terra
Lançando-lhe as sementes
Do milho
Do trigo
Da batata
Da cevada
Eram pesadas enxadas
Que na terra se enterravam
E a menina de corpo franzino
Com elas trabalhava
Esgotando até ao limite
Toda a força que lhe restava
À escola também foi
Mas na volta da chegada
Os recados a esperavam
E os livros
Para trás ficavam...
Houve em tempos idos
Um tempo
Que na memória guardou
E ninguém sabe o quanto
Esse tempo a marcou...
Medusa

20/05/2007

...


A outra face da loucura
Nem sempre se adivinha
Há coisas... que só de pensar...
Se algum dia a recordação de mim
Te fizer alguma companhia
Não te iludas...
São apenas palavras… nas trevas…
Onde um estranho amor
Não passou de uma fantasia
Emprestei-te o meu corpo
E nele te perdeste em delírio
Onde eu fui... até rainha...
No meu trono real
E tu... o meu escravo serviçal
Depois...
Depois vieram os silêncios
As palavras que não havia
O abismo que nos separou!
E tu... de cara pintada
Até sorrias... e encantavas...
E outras vítimas se prenderam
Na tua teia de sedução obscura
E fingias o ser que não eras
Nunca foste...
E nunca serás!
Mas és poderoso
Na tua eterna loucura


Cleo 
Medusa

17/05/2007

...


Eu também esperei um dia...
Um mês... uma estação...
Um ano... dois... três... quatro...
Porque também acreditava!
Tudo o que podíamos viver...
... estava à espera!
E ouví que também gostavam de mim
Hoje também sei que não!
Por mais que todos digam que sim...
Só eu amei com a entrega da espera...
O lado bom
Muito bom
... é que passou e eu aprendi
Aprendi uma enorme lição
Aprendi para a vida!!!
Medusa

14/05/2007

...


Há dias que sinto um cansaço …
Sinto-me cansada de mim …
Sinto cansaço de me arranjar... de sair!
Não me rende o que faço...
E o que faço... faço-o por fazer...
Sem prazer...
Aconchego-me no meu ninho
Quero paz... sossego...
Ficar calada... não ouvir...
Não ver... não sentir!
Medusa

07/05/2007

...


Porquê?
Porque me fazes sentir como se tivesse culpa?
Uma culpa de algo que não consigo explicar… quanto mais controlar?!
Não
Não me faças isto!
No passado fui injustiçada
Fui massacrada
Lidei com a ignorância
E tornei-me fraca…
Fui despida até do meu próprio EU…
Caí… e ali permaneci imóvel
Durante tanto tempo!...
Até ao dia em que me consegui reerguer de novo
E olhar de novo para o sol… e sorrir de novo à vida!
Vivi algum tempo adormecida na ilusão
É certo…
Mas fui rainha num reino de fantasia
Mesmo sabendo que não passaria dali…
Mas fui lembrada em certos momentos
Fui amada… numa estranha forma de amar
Que só alguns percebem...
Mais uma vez caí… mais uma vez me ergui!
E segui o meu caminho afastando-me das pedras
Deixando de lado o Amor…
E serenamente, sem ter de dar contas a ninguém
Sem ter de responder a questionários complicados
Mesmo sabendo que no outro lado da cama… não havia ninguém!
Sobrevivi e em paz me reencontrei com o Eu há muito perdido…
Até tu me teres encontrado
E me teres voltado a confrontar com o gume daquela espada
A espada da condenação… da desconfiança e do massacre psicológico
Para a qual já não tenho forças…
Afinal a vida é tão curta...
Prefiro seguir o resto do meu caminho
… só!
Medusa

06/05/2007

...


«...Qual é a sua ocupação? Perguntaram-me, para preencher uns formulários.Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente sairam: «Sou doutorada em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.»

A funcionária fez uma pausa e olhou-me como quem diz que não ouviu bem...Eu repeti e reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.

Posso perguntar, disse-me ela com interesse, «o que faz exactamente?» Calmamente, ouvi-me responder: «Desenvolvo um programa a longo prazo, em laboratório e no terreno. Sou responsável por uma equipa e já recebi quatro projectos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva e o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 ).

Quando cheguei a casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipa: - uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3. Do andar de cima, pude ouvir o meu mais recente projecto (um bebé de seis meses) a testar uma nova tonalidade de voz.

Senti-me triunfante. Maternidade... que carreira gloriosa!»
Medusa

05/05/2007

...


Voa...
Mente solta
em alma viva!
Sonhos imensos
em olhos serenos!
A melodia?
É azul, como céu de mais um dia...

(Magia)
Medusa

27/04/2007

...


Muito se fala de amor... porque nao falar de ódio, de pessoas que querem possuir outras, como quem compra uma casa ou um carro...
Da partilha de bens, filhos e até de pedaços de metal ou papel, a quem alguém se lembrou de baptizar de dinheiro...
O amor é definição de uma incógnita imesurável...
Para quê limitações, ou predefinições? Experimente a secar um oceano num dia...

Lestat _R7
Medusa

19/04/2007

...


Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.

(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')
Medusa

14/04/2007

Dá-me um abraço...


Hoje sinto a falta de um abraço
Uma coisa tão simples
Tão cheia de significado...
O desespero bateu-me à porta
Veio sem aviso
Ainda cedo
Sem que eu o chamasse
Quis ser forte
Não mostrei medo
Mas...
Não tive forças para ele
Tomou conta do meu cansaço...
E roubou-me o meu sorriso
Deixou-me tão triste!
Com uma falta enorme
A falta de um abraço...
Medusa

13/04/2007

...


"Se a decepção, a desilusão, a tristeza pela mudança não esperada, pela cobardia

... pudessem voar...

Voariam de certo como essa pomba pela janela

Ao encontro da verdade, da coragem, da procura da alma...

E deixar-te-iam aí só, na tua solidão procurada

... na tua falta de vontade de seres feliz"


(Escrito por simplesmente eu)
Medusa

11/04/2007

...


Peço ao luar que me acompanhe
Sinto-me um navegador solitário
Numa noite fria e arrepiante...
Vagueio pela estrada
... contigo no meu horizonte
Como se de uma aurora se trata-se
O vento gela-me o corpo... não consigo andar
Não sei se pelo frio... se por medo de te encontrar
Vingo-me num copo de whisky
Não para te esquecer... mas sim para te recordar
Olho á minha volta e sinto que perdido o Norte
Não sei para onde vou...
Já não tenho vontade de te encontrar
Mas sinto vontade de te beijar...
Medusa

10/04/2007

...


"Fecho os olhos e vejo a minha alma...
Grita
Foge
Sem lugar
Espírito livre preso às amarras
... da vida...
Dentro de mim há o contentamento
E a desilusão
De ter conseguido
E não ter chegado
... a lugar algum...
E a dúvida paira...
Sigo
Mas não sei qual o meu passo
Sonhos perseguidos
... sem lugar
... sem espaço para florescerem
Refugio-me num mundo de lua
Céu estrelado e mar...
Areal de ondas
Que levam os sonhos banhados
De azul e cinzento...
Deixo uma lágrima para juntar ao teu sal
Talvez ela persiga um sonho que dê vida...
Que seja de um azul escuro intenso
E brilhe ao sabor da noite de Lua Cheia...
Fui simplesmente eu...
E agora perco-me
Cheguei a este mar
... e o horizonte é tão infinito...
... tão longínquo...
Sento-me à tua beira
Sinto-te e...
Fecho os olhos
... e procuro a minha alma feita de sonhos
Passeia na areia junto ao mar
Sente o cheiro a maresia e...
Tenho uma alma feita de ondas,
De espuma branca e sonhos realizados
Fico assim...
Lá fora, as ondas levam os meus sonhos misturados em sal...
Cá dentro há o meu mar...
Os meus sonhos...
A minha noite estrelada ao luar...
Fecho os olhos e finjo que a vida é um sol matinal
A bater na janela...
Só no meu interior continua a valer a pena sonhar...
A vida é uma oportunidade
De perseguir sonhos... conseguir alcançá-los...
Mas por vezes não há espaço para os viver
Fecho os olhos
Deixo a minha alma junto ao mar..."
Medusa

05/04/2007

Um amigo...


UM AMIGO...

Ajuda-te
Valoriza-te
Respeita-te
Acredita em ti
Nunca te goza
Compreende-te
Nunca se ri de ti
Aceita-te como és
Eleva o teu espírito
Caminha a teu lado
Perdoa os teus erros
Admira-te no teu todo
Acalma os teus medos
Oferece-te o seu apoio
Ajuda-te a levantares-te
Diz coisas lindas sobre ti
Ama-te por aquilo que és
Explica-te o que não entendes
Diz-te tudo sobre o teu coração
Entrega-se-te incondicionalmente
Diz-te a verdade, quando precisas ouvi-la
Grita-te, se necessário quando não queres "ver" a
realidade.

"Perder um amigo é perder um pouco de nós" por isso cuidem bem dos amigos que têm pois estes valem ouro quando são verdadeiros.



(Escrito por Moon Girl)
Medusa

02/04/2007

Como um rio...


Como um rio,
corro poluido, contaminado,
de palavras que arrastei,
atrelei desde o passado,
e em ti escondi,
em ti.
Com mil gotas de sangue,
me defini,
no unico lugar que me era util,
por ti.
Como uma sombra,
me mostrei,
apareci,
com todos os silencios,
que inventei,
desapareci,
em ti.
No outro lado do amor (o negro),
te espero,
onde o tempo não é tempo,
onde o solo nao foi pisado,
lá te explicarei,
assim!


(Lestat_R7)
Medusa

01/04/2007

Serenamente...




Serenamente
Espero por ti
Por uma gota de orvalho
Que me caia e desperte
Por um perfume que toque
Um corpo frio e inerte
De onde virás?

Serenamente
Bebo mais um gole
Naquele local perdido
Onde um dia te senti
Naquele momento que em mim
Deixaste um pouco de ti
E tu, quem serás?

Serás as aventuras que me faltam viver
Serás as palavras que não soube dizer
Em ti vejo o que fui, o que sou, o que serei
Serenamente...

Serenamente
Ouço tua voz
Em breves sussurros
Pedes para esperar
Com meus gestos trémulos
Digo para voltares
E tu, voltarás?

Serenamente
Dou-te um pouco de mim
Toma a liberdade
De quem nunca fugiu
Aceita as verdades
De quem nunca mentiu
E tu, que me darás?

Serás as aventuras que me faltam viver
Serás as palavras que não soube dizer
Em ti vejo o que sou, o que fui, o que serei
Serenamente...


(Escrito por João Campos)
Medusa

30/03/2007

...


"Quem pensa que o amor é fácil, está enganado...
O amor lança-nos numa teia de jogos e porquês, que nem sempre sabemos jogar ou justificar...

O amor vai e vem, não é uma realidade estagnada...
Por mais que nos custe deixá-lo seguir o seu caminho, sabemos que é o mais certo...

Nunca ninguém o descreveu como fácil... o amor não é apático, controla-nos...
Controla impiedosamente os nossos sentimentos, os nossos movimentos e as nossas acções...
E mesmo sendo tão cruel, faz-nos sorrir...
Concede-nos momentos de plenitude que tentamos agarrar o máximo tempo possível, dá-nos força para crescer...
Mas, um dia vai...

Qual doce indefinição..."
Medusa

26/03/2007

...


"Não há vida sem morte
Como não há morte sem vida
Mas há também uma morte em vida
E a morte em vida
É exactamente a vida
proibida de ser vivida...

A distância permite-nos a saudades
... mas nunca o esquecimento..."
Medusa

24/03/2007

...


"A ilusão de uma amizade verdadeira
É uma desilusão certeira.
Enganaste-me com palavras de amizade
Onde existia de tudo menos sinceridade.
O tempo e, só o tempo,
Tornou-se teu aliado e moldou o meu pensamento.
Depositei em ti toda a minha confiança
E iludi-me com a esperança,
Esperança de encontrar em ti uma profunda amizade.
Mas o tempo que se tinha tornado teu aliado,
Desta vez ficou do meu lado,
E, em breve, descobri a realidade:
Quanto a ilusão de uma amizade
Se pode tornar numa desilusão de verdade!"
Medusa

23/03/2007

A ti... lua


A ti...lua
Musa dos poetas
Companheira na solidão
Cúmplice dos amantes...
Confidente das almas
Caídas em tentação
A ti... lua
Eterna feiticeira
Exponho-te as minhas dúvidas
Os meus medos
As minhas fantasias...
Sabes lua
Por vezes... Sinto-me vazia
Até fúnebre...
Enche-me da tua luz
Envia-me a tua energia
Para que me torne de novo...
Vida!
A ti... lua bendita...
Entrego os meus segredos
Guarda-os por favor!
Medusa

21/03/2007

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Hoje é um dia especial...

Da POESIA... palavras doces que se escapam dos dedos, empurradas pelos sentimentos que assolam a alma de um poeta.

Da ÁRVORE... um marco, um símbolo da vida!

Da PRIMAVERA... embora acompanhada do vento frio do norte, ela chegou... as flores já a tinham anunciado!
Medusa

20/03/2007

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Sofisticado...
Sensual...
Cintilante...
É este o teu mundo brilhante!
Mas...
... será que te sentes feliz?


Alguém disse...
[Tinha dez anos ... foi já há muito tempo... escrevi mais ou menos isto:]
"A Felicidade não existe! O que existe é um bem estar aparente, que se consegue se nos abstrairmos do que nos faz doer e nos concentrarmos no que nos dá prazer...".
Nessa altura, alguém me estava a magoar muito, tanto que tive de colocar uma máscara para sobreviver. Aparentemente até era uma criança feliz ...
Dai até agora, muitas foram as máscaras que usei para viver ...
Foi há muito tempo... Hoje sou uma "figura de papel ..."

Alguém que hoje já não é aquela figura de papel... ainda bem!
Medusa

17/03/2007

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Tudo cai! Tudo tomba! Derrocada
Pavorosa! Não sei onde era dantes.
Meu solar, meus palácios, meus mirantes!
Não sei de nada, Deus, não sei de nada!...

Passa em tropel febril a cavalgada
Das paixões e loucuras triunfantes!
Rasgam-se as sedas, quebram-se os diamantes!
Não tenho nada, Deus, não tenho nada!...

Pesadelos de insónia, ébrios de anseio!
Loucura de esboçar-se, a enegrecer
Cada vez mais as trevas do meu seio!

Ó pavoroso mal de ser sozinha!
Ó pavoroso e atroz mal de trazer
Tantas almas a rir dentro de mim!


(Florbela Espanca)
Medusa

16/03/2007

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Conhece... quem te admira
Confia... em quem te ajuda
Ama... quem te ama
Abraça... quem te enche de alegria
Usa... a tua bondade
Ajuda... quem precisa
Agradece... a quem merece
Medusa

15/03/2007

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Sim, o tempo é apenas um pedaço de sonho ou de pesadelo... de alegria ou de tormento...
O tempo é tudo o que não podemos fazer voltar atrás!
E nós... vamos passando por ele...
Medusa

13/03/2007

Sabor...


Sabor a tudo e a nada
Alimento da alma
Línguas salgadas...

Delírios de almas perdidas
Amantes e aventuras escondidas

Vítimas dos sentimentos
Incontroláveis impulsos sem medo
Deliciosos momentos...
Amores e partilhas em segredo
Medusa

10/03/2007

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A esperança dada, a quem da liberdade ficou privado... pode ser, talvez, a última grande oportunidade de voltar a ser alguém! 
 Medusa

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A maturidade não se ganha com o avançar da idade...a maturidade ganha-se através dos obstáculos que a vida nos impõe.
Medusa