Lembranças guardadas nas prateleiras da memória e aqui revividas em forma de ecos
01/02/2006

Ausente


Nesta praia me deito
Com a maré me cubro
O azul do céu
Recortado pelas nuvens
Cria formas bizarras
Em constante mudança
Por vezes cavalos
Numa correria lenta
Sem pressa de chegar
Reflectidos no oceano
Que me abriga e aconchega
Nesta minha loucura
Que por vezes teima
Em me invadir os sentidos
Não me deixando raciocinar
Conduzindo-me á beira
Do precipício
Que serve de fronteira
Algures entre o são
E o princípio da insanidade
Deixo-me ficar assim
Por breves momentos
Ausente da realidade

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