Lembranças guardadas nas prateleiras da memória e aqui revividas em forma de ecos
18/09/2006

O ciume também mata...


Ele chega de mansinho
Pé ante pé...
Entra sem avisar
Recolhe as suas asas negras
Acomoda-se ao cantinho
E espera...
Ali fica
Quietinho
Até que um dia...
Cansado de ali estar
E de não ter sido notado
Levanta-se de pé
E o seu grito ecoa no vazio
Estremecendo tudo á volta
Nada mais será como antes
O que era... já não é!
O que seria... não vai ser!
A desconfiança
O receio de perder
A insegurança
O silêncio...
São agora
O grito da revolta...
Mas...
Ainda resta a esperança!
Para que um dia
Não haja lugar para a vingança...
Medusa

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